Após a FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo adiar a publicação de um manifesto que, segundo fonte da entidade, já continha a assinatura de mais de 200 entidades vinculadas a indústria nacional, o setor do AGRO publicou um manifesto (LEIA A INTEGRA AQUI) assinado por sete entidades representativas da agroindústria.
O texto afirma que o agronegócio precisa de estabilidade, de segurança jurídica e de harmonia para poder trabalhar. Assim pontua: “Em uma palavra, é de liberdade que precisamos – para empreender, gerar e compartilhar riqueza, para contratar e comercializar, no Brasil e no exterior. É o Estado Democrático de Direito que nos assegura essa liberdade empreendedora essencial numa economia capitalista, o que é o inverso de aventuras radicais, greves e paralizações ilegais, de qualquer politização ou partidarização nociva, que, longe de resolver nossos problemas, certamente os agravará”.
O AGRO já havia entrado no radar quando um cantor sertanejo foi alçado a condição de “boi de piranha” após afirmar que os produtores de soja, capitaneados pela APROSOJA – Associação Brasileira dos Produtores de Soja estariam apoiando atos anti-democráticos (fato ainda sob investigação). A imediata manifestação do ex-ministro da agricultura e um dos maiores produtores de soja do país, Blairo Maggi, membro da entidade, mostrou que o setor não compactuava com tais atitudes.
Vale salientar que durante as últimas décadas, mas principalmente durante o período de pandemia, foi o AGRO que manteve nosso PIB aquecido, garantiu superávit comercial e evitou uma crise econômica ainda maior. Produtores rurais e agroindústrias não pararam; os profissionais que atuam na cadeia produtiva do agronegócio (médicos veterinários, engenheiros agrônomos, zootecnistas, etc.) não pararam; os servidores do Ministério da Agricultura, em especial os Auditores Fiscais Federais Agropecuários - AFFAs e Agentes de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal - AISIPOA, foram classificados como atividade essencial, e mesmo nos períodos que antecederam a vacinação e trabalhando em indústrias com 200, 500 a até mais de 1000 funcionários, garantiram a segurança alimentar dos brasileiros e dos países que recebem nossos produtos de origem animal.
Como diz um ditado do campo: “Não precisa o governo ajudar, basta não atrapalhar”; o manifesto que as entidades representativas do agronegócio publicaram pede justamente isto: Estado Democrático de Direito. Espera-se que as autoridades ouçam tal apelo.